Equipe do Cluster Tecnológico Naval do RN se reúne com dirigentes da Emgepron no Rio de Janeiro

Com objetivo de alicerçar as bases de um planejamento efetivo para o Cluster Tecnológico Naval do Rio Grande do Norte, alinhado às expectativas das empresas fundadoras, o consultor executivo do Cluster potiguar, Daniel Penteado Lana, e o economista da FIERN João Lucas Dias dialogaram com a direção da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Em missão no Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 21 de julho, os representantes da governança do Cluster potiguar também conheceram de perto as atividades do Cluster Tecnológico Naval do estado fluminense.

O Cluster Tecnológico Naval do RN é uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo principal impulsionar o desenvolvimento da economia do mar potiguar e suas cadeias produtivas, atuando em um contexto de tríplice hélice, envolvendo a iniciativa privada, o governo e a academia.

A associação foi fundada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), pelo departamento regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RN), pela Cooperativa de Produção e Serviços da Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura do Brasil (Coopesbra), pela Intermarítima Portos & Logística, pela 3R Petroleum e pela Emgepron. A associação ainda contará com a participação de empresas da iniciativa privada, entidades representativas, universidades, centros de pesquisa, pessoas físicas de notório saber e também da sociedade civil.

A Emgepron é uma empresa pública vinculada à Marinha do Brasil, que tem como finalidades principais promover a indústria naval brasileira, gerenciar projetos integrantes de programas aprovados pelo Comando da Marinha e promover e executar atividades vinculadas à obtenção e manutenção de material militar naval.

Na agenda no RJ, os representantes do Cluster potiguar se reuniram com o Almirante Edésio Teixeira Lima Junior, Diretor-Presidente da Emgepron; Almirante Walter Lucas da Silva, Diretor-Presidente do Cluster Tecnológico Naval do RJ; Almirante Flávio Macedo Brasil, Diretor Técnico Comercial da Emgepron; Comandante João Ricardo dos Reis Lessa, Secretário Executivo do Cluster; e assessores técnicos.

“Nossa visita teve duplo objetivo: ouvir a Emgepron enquanto fundadora do Cluster no RN e aprender as boas práticas já validadas no âmbito do Cluster do Rio. Queremos buscar negócios que beneficiem nossos stakeholders e a nossa economia marítima.”, explica Daniel Lana.

Além da reunião com os dirigentes da empresa, Lana e Dias também se encontraram com o Comandante André Gabriel Sochaczewski, chefe do Departamento de Promoção Comercial da Emgepron; Alexey Bobroff Daros, coordenador de Desenvolvimento de Negócios; Patrícia Santos Monte, coordenadora da Unidade de Negócios de Serviços Marítimos; e Raimundo Medeiros Filho, coordenador da Unidade de Negócios de Gestão e Eficiência Energética.

Esse trabalho, de acordo com os dois representantes da FIERN na missão ao Cluster do Rio de Janeiro, busca orquestrar uma matriz de planejamento para o Cluster Naval do RN, considerando as especificidades potiguares. “Envolvemos nessa tarefa os vetores da economia do Rio Grande do Norte, pensando nas potencialidades e gargalos das cadeias produtivas a serem verticalizadas. Não só aquelas ligadas à indústria, mas a toda economia marítima, que envolve o turismo, o setor de serviços, a defesa da soberania nacional por meio do 3º Distrito Naval e as atividades transversais, como o incremento da estrutura portuária e o desenvolvimento de um eixo multimodal de transporte”, destaca o consultor executivo do Cluster Naval do RN.

A equipe já se reuniu com o SENAI e com a Coopesbra e se reunirá com os demais fundadores cumprindo o cronograma estabelecido.

Quanto à Emgepron, Lana classifica o trabalho da empresa como “fascinante”. “Podemos dizer que a empresa considera o Rio Grande do Norte como um dos eixos desenvolvimentistas da economia do mar brasileira. Enquanto no Cluster do RJ a atuação tem foco na cadeia da exploração do petróleo offshore e na construção, reparação e descomissionamento de embarcações e estruturas offshore, no Rio Grande do Norte eles enxergam o incrível potencial da exploração da energia eólica offshore e a pesca oceânica”, aponta.

Outro item na agenda foi a participação na reunião do Conselho de Administração do Cluster do RJ. “Foi um momento muito singular, de extrema importância para entendermos o modelo de governança da associação fluminense e ancorarmos o Cluster potiguar levando em consideração toda a institucionalidade necessária à figura jurídica de um arranjo desta magnitude, envolvendo temas tão técnicos e específicos. Uma verdadeira imersão”, relata.

“Nosso interesse, enquanto gestores do Cluster potiguar, é gerarmos um planejamento amplo e que propicie a interação dinâmica entre os atores que podem criar um imenso ecossistema de prosperidade para a economia do mar no Rio Grande do Norte, sistematizando iniciativas já existentes, que hoje se encontram fragmentadas, como por exemplo o brilhante trabalho já realizado pelo Núcleo Interdisciplinar de estudos dos Recursos do Mar, da UFRN, e as diversas iniciativas estaduais e municipais já existentes”, finaliza Lana.

FONTE: Jornal Floripa